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Osvaldo Edson Bendzane, 41 anos, natural de Chokwé (província de Gaza), licenciado em Direito pela Universidade Eduardo Mondlane e pós-graduado em Direito de Empresas pelo ISCTEM-Universidade Nova de Lisboa, é o principal candidato à presidência do Clube Ferroviário de Maputo, cujas eleições estão marcadas para o próximo sábado, 27 de julho. O atual presidente, Sancho Quipisso Júnior, não vai recandidatar-se por motivos profissionais.
Osvaldo Bendzane esteve em Portugal nos últimos dias e confessou-nos que decidiu avançar com uma lista, «a partir do momento em que foi aventada a possibilidade de ser eleita uma comissão de gestão para o Ferroviário». Ficou preocupado e construiu uma lista para ganhar, «sempre e só se Sancho Quipisso Júnior não se recandidatasse.»
O candidato já fez parte de anteriores direções do clube e considera que agora «o mais importante é fazer perceber aos sócios do Ferroviário que se pretende uma mudança radical na forma de olhar o desporto, inovando, modernizando e aperfeiçoando em todas as áreas, porque há capacidade para o clube ser referência em quase tudo.»
Osvaldo Bendzane teve oportunidade, nesta sua passagem pela Europa, de se reunir com diversos representantes dos moçambicanos na diáspora, os quais, segundo o candidato, lhe manifestaram «apoio incondicional», pedindo ainda a construção de uma casa do Ferroviário para a Europa com sede em Lisboa.
«Temos pré-acordos com potenciais parceiros para a área da formação e fornecimento de equipamento, um deles para a equipa sénior e outro para o basquetebol, bem como para todos os escalões das outras modalidades», acrescentou Bendzane.
O candidato, ainda na conversa com A BOLA, quis descansar os sócios: «Somos pela inclusão e queremos servir o clube e não ser servidos. Colocaremos sangue novo na direção e nas equipas principais do Ferroviário. Levaremos as coisas boas do passado e vamos reinventar-nos para o sucesso futuro. Queremos ganhar hoje em todas as competições, mas preparando as equipas para o futuro para alimentarem todos os escalões, criando, por exemplo, um modelo de jogo semelhante em todos os escalões.»
Quando questionado por A BOLA sobre a possibilidade de aparecerem mais candidatos e, eventualmente, não vencer as eleições, Osvaldo Bendzane foi taxativo: «A pluralidade de candidatos demonstrará a importância e o interesse do nosso clube. Se assim acontecer, saem a ganhar os sócios e o Ferroviário. Porém, se for outra a lista vencedora, vamos partilhar tudo o que fizemos.»
In A Bola